As cinco se tornam amigas inseparáveis e elas escondem um segredo em comum (somente conhecido por Alison) que se revelado, implicará a todas. Em um dia normal, Alison simplesmente desaparece e por causa deste segredo nenhuma delas fica realmente sentida com a perda. As quatro demais amigas vão lentamente se afastando, pois Alison era a “cola” que as mantinham juntas. Anos depois, cada uma das quatro amigas tem coisas diferentes acontecendo em suas vidas, assim como novos segredos que elas escondem de todos: Aria mantém uma relação com um de seus professores; Hanna passa o tempo roubando peças de roupas e acessórios em lojas famosas; Spencer mantém um caso com o namorado da irmã, e Emily se descobre atraída por outra colega de classe. As quatro voltam a se aproximar quando comecam a receber recados, emails, mensagens no celular de alguém que vê tudo, sabe de tudo e que se identifica apenas como “A”.
O programa consegue manter o ritmo frenético a partir dos segredos guardados por este grupo de amigas. Aliás, fora deste meio, cada uma dela tem problemas pessoais a esconder: no caso de Aria, ela flagrou o pai ficando com uma outra mulher e isso afeta a sua relação com ele; Hanna é a patricinha cuja mãe tenta fazer de tudo para manter as aparências e fazer com que a filha esqueça que um dia teve pai; Spencer vive tentando roubar os namorados da irmã por não conseguir atingir o mesmo nível de atenção que ela tem em relação aos seus pais; enquanto que Emily, aparentando ser a mais certinha de todas, finge que gosta de homens para se encaixar em uma sociedade cada vez mais preconceituosa.
Além do assunto sobre o desaparecimento da amiga delas que nenhuma deseja falar, ainda tem o problema com Jenny. Logo nos primeiros episódios, a polícia encontra o “corpo” da menina (e coloco entre aspas porque é sempre bom manter o mistério e a verdade). No dia do enterro, a tal Jenny aparece na Igreja, cega e sendo conduzida pelo seu irmão. As meninas, ao olharem para trás e perceberem quem havia chegado, entram em choque. Cada uma delas acaba relembrando o pacto que fizeram de nunca comentarem sobre o que aconteceu, de nunca falarem a verdade sobre a cegueira de Jenny e, principalmente, de uma sempre proteger a outra pois elas estavam juntas. É claro que com o passar dos episódios, o telespectador começa a procurar pessoas suspeitas de estarem enviando as mensagens ou algo do gênero. E isso é algo que agrada em Pretty Little Liars, que não esconde os seus clichês atrás das “grandes questões” que podem mover a sua história. E, só para constar, nunca li o livro para saber como a narrativa é construída. No entanto, na série a história possui outros arcos narrativos que ajudam a abastecer a história principal
Todos os outros dramas vividos pelas garotas, inclusive a crise de popularidade que elas passam após o que acontecem e de serem também suspeitas, fazem com que a série não se concentre apenas em desvendar o mistério. Se existe um assassino? Se elas mesmas são culpadas? São perguntas que motivam o telespectador a assistir Pretty Little Liars de maneira descompromissa, é bom que se diga. Mesmo porque, a série não tem o intuito de soar complexa. Por detrás destes mistérios que podem acabar generalizando ela como um suspense, existem dramas teens que estão sendo até bem trabalhados. Ainda que a edição tenha alguns erros de continuidade, se torna impossível não querer assistir à série para saber o que estas “bitchies” escondem a todo o momento. Aliás, isso é bem parecido com a realidade em que nós mesmos estamos inseridos, pois em amizades fortes e intensas deste nível, segredos é o que não falta (assim como pactos para seguirem até o fim com aquela “verdade”). Uma boa aposta da ABC Family e que, até agora, tem conseguido bons episódios.
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